A Casa 8 e seu significado na Astrologia

A Casa 8 - Recursos compartilhados

A Casa 8 carrega uma grande carga psicológica em sua temática, representando os relacionamentos íntimos e as grandes transformações emocionais que deles resultam. Pode ser comparada ao caldeirão da bruxa ou ao forno do alquimista: é o lugar das crises e mudanças que ocorrem em segredo se transmutam, no íntimo do ser.

Na Casa 8, o compromisso que assumimos na sétima casa mundana torna-se palpável: passamos por experiências que nos tornam parte de uma entidade exigente e maior, que é a do "nós".

Em outras palavras, os assuntos desta casa se referem a questões existenciais marcantes, como as doenças severas, os perigos de vida, o medo da morte, o envolvimento sexual e a reprodução, as grandes dívidas e financiamentos entre outros, não sendo portanto, assuntos leves.

Ao mesmo tempo, percebemos que podemos usar nosso poder pessoal para controlar essa entidade maior representada pela fusão, a fim de tirarmos benefícios próprios em relacionamentos ou objetivos pessoais. As relações sexuais aproximam as pessoas e as fazem muitas vezes recordar memórias emocionais antigas. Com isto, mobilizam conflitos que emergem na adolescência.

A oitava casa mundana é comumente referida como a casa do sexo, aquela que aprofunda os relacionamentos e as interações com os outros - e como certos aspectos dessas interações podem assumir uma natureza comum a ambos, um aspecto compartilhado.

Por outro lado, pode mobilizar emoções e memórias das fragilidades emocionais da fase narcisista e infantil, criando vínculos simbióticos, fusões carregadas de misturas de papéis e projeções que muitas vezes geram sofrimento, dependência e submissão, podendo até mesmo chegar a agressões e crimes passionais. Os toques corporais implicam em um resgate de emoções que se tinha na mais tenra idade e assim, criam misturas de papéis.

Esta casa versa sobre o potencial que os nossos relacionamentos nos trarão e como podemos tirar o máximo proveito deles. É a porta de entrada para a efetivação de investimentos e negócios, regendo o dinheiro e o legado de outras pessoas. Portanto, a lucratividade ou os prejuízos advindos de sociedades ou casamentos, os dividendos, o fundo de garantia, a aposentadoria, as heranças entre outros, pertencem aos estudos desta casa.

Pode ser considerada também a segunda casa de saúde, em especial as doenças terminais e os órgão ou sistemas de choque para o risco efetivo de vida.

O termo grego para a oitava casa é Epicataphora, que significa algo como "cair no mundo inferior", ou um significado paralelo, "adentrar as portas do inferno". Representa o caminho do Sol no céu quando ele desce em direção ao horizonte, o que muitas culturas antigas achavam que fosse a morte de seu Deus solar. Entretanto, este setor se refere à consolidação da fase seca do dia (o outono do dia), o meio da tarde, pois esta casa se relaciona com o horário das 14:00 às 16:00hs, um período muito seco do dia.

Embora um astro na oitava casa tenha muitas vezes aspectos que se devam dar atenção ou serem objeto de preocupação, uma conotação particularmente feliz em sua interpretação pode referir-se por exemplo à Lua crescente, que neste caso é considerada fértil, um padrão de desenvolvimento para os assuntos financeiros se claro, considerado a outras posições no mapa natal. Mesmo Júpiter ou Vênus nestas posições podem não significar necessariamente problemas.

A Casa 8 sob alguns aspectos se assemelha com o signo de Escorpião e com o planeta Marte (na astrologia grega do período clássico) e Plutão (na astrologia moderna).

Fusão, transformação e regeneração

A Casa 8 é tratada no mapa astral como um ponto de evolução ou transformação, que mostra a nossa capacidade de se transformar, romper casulos e transcender. Mas a bem da verdade, essa não é uma casa muito feliz, sendo considerada uma casa de atenção e preocupação na astrologia.

Este setor pode mostrar assuntos significativos o suficiente para criar fatores existenciais que mudam cursos de trajetórias, alteram processos e dinâmicas de forma irreversível, sendo acompanhada muitas vezes de processos de dor, perda e sofrimento. Uma luta para se continuar vivo física e psiquicamente.

É um setor bastante desafiador em um mapa astral, abrangendo nossos medos mais profundos e os mais cabulosos abusos de poder, se este setor estiver muito ativado e o restante do mapa astrológico confirmar.

Os planetas posicionados nessa casa assim como os aspectos que fazem versam sobre nossa relação com as grandes perdas e ganhos, daí seu caráter dramático.

É um local de regeneração, o qual nos fechamos em reclusão quando estamos feridos, perdidos ou derrotados, mas que nos mostra o que devemos enfrentar e mudar para crescer, se regenerar, evoluir, obter perdão ou simplesmente aceitar algum fato. É portanto, um setor de autodefesa e proteção.

Por meio de suas crises, nos transforma em pessoas melhores, se administrarmos com conhecimento os seus domínios. Procurando entender o sentidos destes momentos cruciais, talvez comecemos a nos entender com seu significado. Passar por uma experiência de quase morte é uma experiência traumática, entretanto, ela pode mudar trajetórias e sentidos existenciais e liberar potenciais por exemplo.

A casa 8 se refere portanto, à nossos traumas e "experiências limite" em nossa estrutura psíquica, ou de organização física e corporal.

Todas as pessoas que já travamos contato através da Casa 7 e deixamos de lado vão se acumulando aqui, criando apreensões, insatisfações e medos. Assim, a casa 8 pode se referir a parte dos resultados do estamos fazendo nas relações de casamento ou sociedade.

É o lugar onde ocorrem os relacionamentos sexuais mais íntimos e onde podemos analisar todas as preferências excêntricas, fetiches, parafilias, escolhas difíceis de entender pelos outros e coisas das quais temos vergonha.

Os rituais envolvidos nestes processos podem estar remontando às experiências com o corpo que nos gerou e toda a fusionalidade envolvida, bem como as transferências de cargas neuróticas. Em muitos casos, o prazer e a excitação só se manifestam pela visualização da submissão ou a humilhação da outra pessoa que está a compartilhar a experiência sexual. Assim, podemos ver neste setor a manifestação neurótica das experiências emocionais e não necessariamente um culto ao amor, ou mesmo ao Eros (capacidade procriadora de um corpo pelo qual nos sentimos atraídos).

É o lugar usado pelo nosso inconsciente para nos enviar todo o necessário para nos proteger de situações de risco de vida (ou nos jogar neles), sendo um lugar de perigo e de medo, mas também de libertação. Também é o local onde as erupções do inconsciente emergem de forma assustadora.

Essa é talvez a mais odiada de todas as casas, por representar a frustração maior da existência, que é a morte e o fim da experiência da vida, onde perdemos o controle e tudo aquilo que construímos.

mas se analisarmos com mais calma, não há motivo para tal, exceto por nossas próprias percepções de limitações, medos e tabus. Administrar bem nossa relação com a morte e sua presença (pulsão ou sinais de morte) pode evitar depressões, angústias, além de ataques de ansiedade e pânico, que fazem com que nós humanos soframos tanto.

Esta é uma das casas que esconde todas as coisas sujas, nossa carga emocional, nossa raiva, nossas emoções perturbadoras e coisas das quais precisamos nos libertar, bem como tudo o que colocamos debaixo do tapete, recusando-nos a negociar ou exibir.

Como já explicamos, se refere à um setor defensivo. Assim, todas as descrições ditas se referem à um instinto natural de preservação. Estamos, de fato, tentando evitar a dor e o sofrimento.

Em sua manifestação final, esta é a casa da morte, chegando como o fim da estrada, depois que muitas coisas foram descartadas para o nosso corpo lidar, mas também como uma parte inevitável da vida.

Qualquer astro situado em nossa oitava casa é um planeta que deixamos de ver em toda a sua glória e potencial. Mesmo quando Marte ou Plutão estão aqui, dada sua forte conexão, sua influência ainda tende a ser complicada.

Algumas experiências de casa 8 podem ser particularmente perturbadores, embora para algumas pessoas, tais experiências sejam sedutoras, atraentes e estimulantes: psicólogos, astrólogos, ocultistas, alquimistas, cuidadores, curandeiros, xamãs e toda sorte de pessoas ligadas ao esoterismo ou parapsicologia podem ter sua intuição aprimorada, exercer funções grandiosas e possuir habilidades consideráveis em suas atuações dependendo da configuração de sua Casa 8.

Temos também juristas que desejam poder ou que são defensivos e sempre acreditam que os outros estão a tentar lhe tirar coisas e economistas. Pode também denotar ambição financeira, entre outros.

A Casa 8 é o setor que lida também com os relacionamentos super comprometidos e profundos, como um pacto que existe além dos votos tradicionais, que prometem vivências complexas que ainda estão por vir. Como visto, mostra qual é a qualidade da nossa capacidade de fusão, intimidade e profundidade, a forma como misturamos as nossas energias com algo maior ou além do ego. O sexo (que é uma forma de fusão com o outro, um recurso compartilhado), é ao mesmo tempo o estado físico que mais lembra a união fusional pelo cordão umbilical e por isto, pode mobilizar fragilidades e conexões infantis e cegas entre as pessoas. Por isto, nem sempre sexo é só sexo.

As questões finais de alguma situação e instituições financeiras também fazem parte do escopo dessa casa.

Uma iniciativa de fusão pode ser vivenciada como uma forma de aumentar o poder pessoal e o domínio do ego, ou como uma via para a transcendência, através da transformação desse mesmo ego.

Este processo pode ocorrer em vários níveis:

- Material: dinheiro, heranças, empreendimentos; gerir e administrar os valores dos outros; investimentos; confiança mútua;
- Emocional: ligações íntimas e profundas; sexualidade; os relacionamentos quando catalisadores de transformações; a destruição de velhas fronteiras do ego;
- Social: o poder; a busca do que está escondido, do que é desconhecido e oculto, tanto em relacionamentos quanto na sociedade; manipulação, intrigas, tabus; relações de domínio;
- Espiritual: pode, pelas experiência vividas, provocar reflexões sobre a transitoriedade da vida, a busca pelas origens da existência e a transcendência de si mesmo, ou seja, seu lado espiritual.

É um setor do mapa que versa sobre poder e controle, que vai nos moldar para o melhor ou para o pior ao longo da vida dependendo da forma como gerimos estas naturezas, embora nós também temos o poder de controlar o que acontece por ali.

Voltando à ênfase desta casa no sexo, é importante citar que um orgasmo já foi chamado de "a pequena morte" pelos franceses. A ideia é que, quando alcançamos esse estado de comunhão absolutamente exaltado, que é o ápice e o fim do benefício de fusão que o sexo proporciona, deixamos um pouco de nós mesmos para trás. Criar um filho através deste processo é uma forma de manter uma parte de nós viva em outros organismos.

É uma casa com oportunidades iguais, que trata do sexo, da morte e do renascimento sob a mesma tutela de igualdade, reconhecendo a importância de todos os três nas nossas transformações.

Todos nós vamos experimentar a morte e o renascimento ou suas proximidades como parte de nossas vidas, seja relacionamentos fracassados que levam a novos, em mudanças de carreira, de jeito de ser, de mudanças no visual que nos transformam fisicamente, após crises que nos tornam pessoas diferentes... todos ganhamos eventualmente novas oportunidades de transformação e regeneração ao longo da vida e a oitava casa pode mostrar a qualidade desses processos e como reagimos a eles.

Portanto esta casa é muito relevante nos estudos analíticos do si mesmo e os processo psicoterapêuticos.

Rituais e Recursos compartilhados

A casa 2 indica nossos recursos pessoais e o casa 8 indica os recursos compartilhados,  tanto em um relacionamento quanto em uma sociedade. Herança, pensão alimentícia, impostos, apoio de outras pessoas (financeiro, espiritual, físico ou emocional), todas essas coisas fazem parte dos temas da oitava casa. É como dizem, "o ganho de uns é a perda de outros". Tal frase se encaixa bem no escopo da oitava casa.

Ao adentrar a Casa 8, o ego está flertando com o mundo dos rituais. E rituais são projetados para reunir as pessoas através de padrões comuns de pensar, sentir e agir. Em nosso mundo algumas vezes meio disfuncional, alguns desses rituais muita vezes são projetados para aniquilar o senso de individualidade, fazendo com que a pessoa siga um objetivo maior sob controle do outro. Portanto, é um setor de intensidade emocional, mobilização de forças vindas do inconsciente e proximidade do caos, da ruptura com o controle.

Pode ser uma organização política, empresarial, comercial ou religiosa. Esse processo de "lavagem cerebral" ritualístico pode decretar a morte do ego. Isto pode significar que dependendo de como esta casa está colocada, podemos nos tornar reféns do poder ou do medo da morte, da solidão, de ficarmos sem sexo, de falirmos e assim, gerar um sofrimento longe de nossa capacidade de administrar, que aí sim, podemos nos levar à morte.

Esse pode ser o lado negativo de algumas organizações, porém, em outras, o indivíduo colhe os frutos que plantou, pois quanto mais pessoas participam em prol de um bem comum, mais recursos são produzidos e divididos. Ou seja, quando participamos de "organizações", podemos tanto colher recompensas quanto consequências negativas e todas essas coisas podem ser analisadas a partir da configuração da casa 8 no mapa. Entretanto, isto sempre implica em riscos existenciais.

A Casa 8 trata também da cura através da regeneração (ou a morte pela degeneração), do dinheiro ainda não ganho, do descarte, da reciclagem, poluição, do lixo, de perdas, renúncias e desapegos. Pode indicar o final de tudo, inclusive do nosso caminho.

Interpretações Extras

Para interpretações além do mapa astral, como na astrologia horária e mundana visando respostas para acontecimentos, locais, governos ou situações específicas, a Casa 8 significa basicamente a taxa de mortalidade, os tipos de pessoas que morrem e os deveres da morte e as relações financeiras com países estrangeiros. Relaciona-se também ao Banco Central, às taxas de juros futuras, os financiamentos, os fundos de reserva, à dívida pública, o PIB e ao conselho e auditorias fiscais.

Os temas regidos pela Casa 8 na Astrologia
Atributos que devem ser levados em consideração em uma análise de Mapa Astral.

Ligações profundas Renovações Lucros em negócios Metafísica Dívidas Recursos compartilhados Dinheiro ainda não ganho Regeneração Confiança mútua Investimentos Finalizações O que está oculto, tabus Morte Ansiedades, angústias e aflições Transformações Experiências culminantes Testamentos Forma de se vincular aos outros Intimidade Inconsciente pessoal Apoio dos outros Seguros Renascimento Atitude em relação aos recursos dos outros Reciclagem Sexo Poder e controle Taxas, tributos, empréstimos, bancos Fim de ciclos Rituais Heranças Poder sobre os outros Fusões e energias mescladas Dinheiro e recursos do parceiro Obsessões Legados Sentimentos profundos

A influência dos astros situados na Casa 8 do Mapa Astral


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