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O que é Horóscopo?
Horóscopo e Mapa Astral: fantasias e realidades
Por Astrolink em Astrologia básica
Modo claro
14 minutos de leitura
Quer saber como essas informações podem afetar sua vida?
O horóscopo é uma ferramenta astrológica que informa sobre as movimentações e influências dos astros, fáceis ou difíceis, que estão ou estarão no seu caminho.
A forma como você encara essas influências é o que faz a diferença. Por exemplo, alguém que está passando por um momento astral difícil, que envolve aprendizado, pode se rebelar e sofrer, ou entender como funcionam os ritmos em questão para ter uma interação mais suave.
Em outras palavras, os estudos astrológicos mostram caminhos, mas quem toma as decisões sobre o seu destino é você.
Horóscopo funciona?
É muito comum ouvir dos céticos em astrologia que horóscopo não funciona. Muitos alegam que o horóscopo é inventado ou que a astrologia é inválida. Porém, os estudiosos de astrologia, por sua vez, sabem que existe toda uma lógica por trás das palavras que aparecem naquele texto interpretativo do momento.
O problema dos céticos não é a descrença (todos têm o direito de acreditar ou não e devem ter suas opiniões respeitadas), mas sim o fato de que muitas pessoas não têm o embasamento necessário para questionar o assunto, pois não reservaram o mínimo de tempo necessário para estudar os princípios fundamentais da astrologia.
Saiba que a função do horóscopo não é prever o futuro com precisão cirúrgica, mas apresentar características cíclicas envolvidas naquele momento e alertar sobre os possíveis desafios e caminhos de um determinado momento.
Horóscopo x Astrologia
Até poucos anos atrás, a maioria das pessoas associava a Astrologia apenas à palavra "horóscopo". Abria o jornal ou revista e lia as chamadas "previsões para o seu signo", encarando-as como um mero passatempo mas nunca foi levado tão à sério.
O problema é que muitas dessas previsões serviram apenas para deturpar os fundamentos da astrologia e relegar o assunto a um tipo de esoterismo raso, gerando uma legião de céticos e pessoas com preconceito astrológico, o que dificulta o real entendimento do que é Astrologia e de toda a sua riqueza histórica, matemática, psicológica e antropológica.
Muitos destes textos de fato eram meras colagens aleatórias de textos curiosos e instigantes, escolhidos aleatoriamente por assistentes de arte, colunistas responsáveis pelo entretenimento, que de fato, nada sabiam sobre Astrologia. Tais práticas ainda existem e por isto é necessário que se verifique a fonte e a credibilidade se desejarmos dar atenção a isto.
A utilização e propagação dos termos "meu signo / seu signo" foi ampliada em meados do século XIX, se consolidando de modo comercial como um produto no início do século XX por diversos editores de novos almanaques e revistas de cunho esotérico, de modo a produzirem as chamadas previsões em massa de uma forma mais rápida, resumida e simplória.
Mas porquê não escolher a posição de Vênus, Marte ou a Lua, por exemplo, como base para a categorização de signo, já que todos os astros se posicionam em signos diferentes a cada instante e cada um tem sua devida importância?
Como o estudo da astronomia, os cálculos das posições celestes só se tornaram disseminados a custos baixos na década de 1980, pois antes do surgimento de computadores e softwares de cálculo, ter-se as posições individuais dos astros que não fossem o Sol era impraticável para quem não fosse um técnico e Astrólogo.
Entretanto, o signo solar, por conta da regularidade do movimento da Terra em torno do Sol, que o projeta na "Eclíptica" era facilmente utilizável por uma tabela constante, independente do Ano que se tivesse nascido.
Dessa forma, apropriaram-se da palavra horóscopo, que por incrível que pareça, teve a conotação primária transformada, já que esta significa "O Escopo da Hora" (que já não era mais necessária para estas previsões).
O consenso entre os estudiosos da astrologia é que de fato é muito difícil fazer previsões mais detalhadas se valendo apenas da posição do Sol. É preciso examinar inúmeras variáveis e levar em conta que em um mesmo período há muitas possibilidades que precisam ser levadas em consideração além do Sol no momento de nascimento, bem como também utilizar-se do movimento de muitos astros em relação a estas posições originais. É portanto, um trabalho que envolve complexidade de análise.
Também não existe uma metodologia consistente para redigir horóscopos mesmo se esforçando ao máximo, utilizando apenas a posição do Sol do nascimento. Além do Sol, alguns se baseiam nos aspectos da lua ou do ascendente, outros nas posições dos planetas. Na verdade, apenas o mapa astral completo pode pintar um painel mais preciso sobre uma determinada pessoa. Não existem duas personalidades exatamente iguais da mesma forma que o céu nunca se repete completamente em seus pormenores, todos nós somos únicos e os efeitos que os astros exercem sobre os acontecimentos são muito dinâmicos.
As origens e o uso das previsões nos tempos remotos
Em sua origem milenar, o horóscopo (escolha de um momento, de um horário, uma hora, um tempo dado) era muito utilizado para descobrir o momento mais favorável para um determinado evento. Invasões a reinos, casamentos, nascimentos, negociações, entre outros.
Sua origem data do século V a.C entre Assírios e Babilônios, sendo ampliada e desenvolvida na Grécia Clássica. O astrólogo conselheiro da corte era chamado para indicar o melhor dia e hora para que tudo ocorresse. Estudando o céu e a disposição dos astros, os astrólogos determinavam o Escopo da Hora (horóscopo) de acordo com o tipo de evento a ser realizado e sabia como ele harmonizaria melhor em cada céu no espaço-tempo.
Astrólogos conselheiros se tornaram muito comuns na Roma Antiga durante o helenismo. Em especial, Astrólogos Gregos tinham alta reputação, sendo preferidos dentro outras classes de conselheiros pelos governantes , imperadores e políticos. Assim, tais conselheiros tinham forte influência pública e política. A luta pelo poder entre as castas, passa a rejeitar a Astrologia não pelo que ela era como técnica, mas porque seu estudo era complexo e muitas vezes inacessível a muitos por conta da Matemática, Física, Geografia e Astronomia envolvidas nos cálculos da posições celestes. Desta forma, Astrólogos diminuíam o poder de determinados grupos de conselheiros dentre os quais os grupos religiosos.
Durante o período bizantino, a relação das primeiras Igrejas cristãs era ambígua. Da mesma forma que tinham de conviver com a astrologia coletiva de organização Social, se opunham aos grupos de conselheiros astrólogos e mesmo falsários que se passavam por "Astrólogos Caldeus" de alta influência sobre os grupos que comandavam.
Há alguns exemplos a respeito disso, como Marcus Manilius, que se dizia Astrólogo, escrevendo inclusive um livro chamado de "Astronomicom", o qual dizia que "as características de uma cidade eras as mesmas da de seu governante" de forma conveniente para que o governante gozasse de prestígio e confiança pública. Entretanto, havia também muitos astrólogos sérios.
Nessa época, surge também nas feiras de Roma os chamados "falsos astrólogos" que prediziam coisas, falavam de signos solares (possuíam tabelas) e também se o regente do ano era favorável ao consulente, entre outras práticas como abrir as vísceras do animais para junto com as posições astrais para predizer o destino. Obviamente, era natural que os intelectuais da igreja se opusessem a tais práticas de influência pública desalinhadas com o entendimento da santa Sé.
Santo Agostinho, por exemplo, estudou astrologia e se confessou praticante da "arte dos gregos" no livro "Confissões", dizendo que ela funcionava. Entretanto, em "Cidade de Deus", Santo Agostinho, o grande filósofo da Igreja, detrata a astrologia e afirma que ela só funciona por conta da "influência de maus espíritos".
Durante o medievalismo cristão, astrólogos passaram a ser perseguidos como charlatães ou bruxos e adquiriram fama de hereges após o domínio da igreja. Até hoje, sentimos um pouco o eco dessa perseguição, embora de forma mais leve e velada. Entretanto, a posição da igreja era profundamente contraditória em muitos aspectos e não seria diferente com a astrologia.
No renascimento, haviam duas astrologias: A horoscopia (lunários, predições de feiras, crendices oriundas da cultura bizantina e práticas pagãs, sincréticas e mágicas) e a astrologia estudada nas Universidades católicas junto da medicina, astronomia, ciências naturais, botânica, matemática, geometria, acústica e música, chamadas de "Quadrívium".
Todo astrônomo, médico, botânico entre outros, tinha disponível esta cadeira em suas formações. Por isto, Kepler, Galileo e grandes médicos se referiam à astrologia em diversso momentos. Ela de fato era usada como um estudo de "interligações entre os saberes".
Com o afastamento das áreas, humanas, exatas e biológicas, astrônomos só se dedicaram ao movimento, médicos ao corpo, e as humanidades à "biografia e teologia ética e moral do homem sem um inato". Assim, a astrologia, grande ligadora de saberes, deixou de fazer parte das universidades em 1666.
Astrólogos de formação sólida passaram a ser perseguidos por atos de inquisição pelos grupos religiosos e humanistas que perseguiam os outros humanistas que usavam a tal "matemática e astronomia" para apontarem o destino do humano. Afirmavam que o destino do homem não assiste limite e que goza de total liberdade, incluso as cosmológicas, médicas, de ancestrais entre outras.
Horoscopistas, lunaristas e criadores de almanaques não eram alvo dos ataques. Tais práticas eram consideradas crendices. O ataque mesmo se concentrava na astrologia do estudo do mapa Natal (mapa astral).
A partir do século XIX e até os dias atuais, a astrologia se democratizou. Além de ser um instrumento para indicar ou predizer eventos coletivos, a astrologia mais estruturada no estudo do mapa por completo e não somente pela horoscopia, tornou-se acessível e menos proibitiva.
Começam então a surgir astrólogos profissionais e associações de classe em grandes metrópoles da Europa, Estados Unidos, Suíça, Brasil, Argentina, Chile, entre outros.
Pelo prestígio de Carl Gustav Jung, um brilhante psicanalista que estudou astrologia, muitos Psicólogos começaram a estudar astrologia, combinando a psicologia como modelo e a psicologia da astrologia para poder orientar de forma mais consistente as pessoas interessadas neste modelo, que tornou-se um estudo cada vez mais voltado para o nosso interior, com o objetivo de auxiliar nosso autoconhecimento e crescimento pessoal.
Saiba mais: Astrologia e evolução pessoal
Previsões assertivas
O ideal para quem deseja contar com o entendimento destes ciclos pessoais de forma mais assertiva é se valer de opções mais personalizadas, que detalham os movimentos diários de vários astros e como eles interagem com o seu Mapa Astral, como o horóscopo que disponibilizamos, que faz toda a diferença na precisão das informações.
Neste caso, o termo "horoscopo" se refere a um estudo mais abrangente que o horoscopo das tiras de jornais ou mesmo os feitos na web que usam apenas o signo solar. Usa-se o mapa inteiro para se fazer os estudos diários de cada pessoa.
Por exemplo, alguém que está passando por um ciclo astrológico difícil, que envolve a possibilidade de um aprendizado, pode ter dois caminhos a seguir: não compreender tal momento, sofrendo desnecessariamente, ou abrir a mente para compreender as inclinações do momento e fluir por elas. Em outras palavras, os estudos da astrologia mostram caminhos e possibilidades, mas quem toma as decisões sobre o seu destino é você.
O quanto um ciclo planetário se relaciona com sua rotina e comportamento varia de acordo com o seu aprendizado pessoal e autoconhecimento, mas a verificação das variáveis celestes podem lhe ajudar a entender como se relacionar com os ritmos, mudanças e consolidações de forma mais assertiva, assim como o Mapa Astral traz novos e importantes insights sobre si mesmo do que apenas a descrição básica das características de um determinado signo.
Aprofunde-se no estudo do conhecimento astrológico para aprender o máximo possível sobre os ciclos celestes e como você pode crescer com eles. Lembre-se que algumas atitudes práticas podem ser necessárias para se alcançar muitos objetivos.
Saiba como ler e interpretar o seu Mapa Astral
A Bola "quadrada" de Cristal
O conceito básico do horóscopo feito sobre um mapa natal completo nos ajuda a enxergar as tendências de um determinado momento no espaço-tempo.
Como as técnicas astrológicas são baseadas em movimentos naturais e astronômicos, combinados com a geografia e outras técnicas de conhecimentos das ciências exatas, ela é um pouco diferente de outras técnicas de predição, pelo fato do astrólogo apenas interpretar sinais naturais sem a necessidade de se criar um processo de aleatoriedade.
Algumas destas técnicas como: os jogos de búzios; as leituras de runas, borras de café, lobassas (cebolas cortadas), tarot de vários tipos, varetas de bambu jogadas aleatoriamente entre tantas outras técnicas, implicam em criar no momento de uma consulta, um estado de aleatoriedade (embaralhar, chacoalhar, avaliar fervuras que nunca se repetem, quedas de gravetos soltos em desequilíbrio, búzios, pétalas de flores, cebolas, etc.)
O intérprete (ou o sistema) e o consulente precisam estar envolvidos com esta aleatoriedade. A ideia é que o momento do caos (incerteza) criado pelo interprete, geraria na técnica (qualquer uma) alguma informação sobre o momento ou o futuro.
Ela implica em um processo mântico e portanto em uma interferência humana no processo de geração da informação a ser interpretada.
Alguns possuem intuições sobre o futuro, veem em bolas de cristal que dependem de inatos e vocações pessoais que, muitas vezes, não podem ser transmitidas ou ensinadas de forma eficiente. Não dependem necessariamente de estudo, leitura, cálculos, banco de dados, estatística, catalogação, etc. como é o caso da astrologia.
Entende-se apenas que no caso da astrologia, ela se difere como um modelo de técnica. Porém, não existe a tal "previsão do futuro" em um sentido literal. Mesmo havendo tendências comuns a todos, como cada pessoa (ou situação, ou lugar...) tem um mapa astral diferente, essas atingirão a todos de formas totalmente distintas.
Os estudos da astrologia evidenciam que o indivíduo pode fazer suas próprias escolhas com maior liberdade se entender melhor a si mesmo e os movimentos de processos e ritmos naturais em seu entorno.
De fato, elas estão interligadas ao Todo, um pouco diferentemente do que propõe o conceito de um universo, onde as partes parecem estar separadas. Tanto a cosmologia com os estudos da matéria e energia escuras, quanto a física de partículas e os campos quânticos do qual todas as partículas emergem, parecem corroborar com um modelo de totalidade e interação.
Interpretar a lógica da astrologia de forma profunda e completa é a arte que reúne as variáveis encontradas e catalogadas, hierarquizando, relacionando e confrontando através de uma dinâmica de interpretação de sinais/signos (semiose), criando uma linguagem pedagógica para representar os modelos humanos nos formatos dos arquétipos, revelando traços e tendências da personalidade do indivíduo.
Assim, o horóscopo simples do "meu signo", ou seja o signo solar, pode ser um começo. Mas digamos que estamos apenas dando um pequeno passo. Para estudos mais consistentes e profundos, é importante obtermos informações mais completas que somente um mapa astral completo irá possibilitar.
Sofremos, sim, as inclinações dos astros, como também da genética, do meio ambiente, da energia corporal, entre tantas outras... porém, decidimos que caminho tomar.
Agora que você já sabe mais sobre como ter uma previsão assertiva, não deixe de conferir o seu horóscopo personalizado de acordo com seu mapa astral aqui no Astrolink.