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Os Símbolos Planetários
Círculo, semi-círculo, cruz e seta
Por Astrolink em Astrologia básica
Modo claro
12 minutos de leitura
Quer saber como essas informações podem afetar sua vida?
Os símbolos (ou Glifos) planetários têm uma história e significado. Ao contrário do que muitos pensam, não são só desenhos aleatórios e desconexos. São ideias simples e singulares que se montam para criar um símbolo mais complexo, que consiga externar as energias envolvidas. Para saber mais sobre eles, devemos voltar séculos atrás, quando a astrologia andava de mãos dadas com a alquimia.
Precursoras das ciências modernas como astronomia e a química, a astrologia e a alquimia deram origem aos símbolos que até hoje usamos para representar os planetas e signos. Se esses símbolos foram conscientemente concebidos como combinações dos significados alquímicos (ou se sua correlação com símbolos alquímicos é pura coincidência ou sincronicidade), não importa. O que é digno de nota sobre eles é o seu uso ancestral, multicultural e internacional.
Tais símbolos atravessaram várias culturas, civilizações e segmentos de tempo da história humana até atingirem o nosso mundo contemporâneo, e isto foi uma tarefa muito árdua, principalmente em séculos mais recentes onde a ciência lógica e radical passou e obter domínio sobre temas mais etéreos e análogos.
Para começar, vamos analisar os símbolos básicos, que nada mais são que os componentes que formam os diversos símbolos planetários:
CÍRCULO: Espírito, essência, consciência, princípio uno, energias vitais de criação da vida.
CRESCENTE (OU SEMI-CÍRCULO): Receptividade, percepção, contato com novas realidades, assimilação. O Crescente pode captar vários níveis de informação:
- Para cima em direção ao superconsciente;
- Horizontalmente em direção à percepção do lado esquerdo ou direito do cérebro;
- O para baixo, em direção ao subconsciente.
CRUZ: Matéria, pragmatismo, aplicação prática, vivência mudana.
SETA: Indica o direcionamento da energia para um objetivo específico.
Todos estes são símbolos que posteriormente se montam para expressar cada energia planetária e sua função dentro da mecânica astrológica. Ao se posicionarem nos signos e casas na delineação de um mapa astral, os arquétipos vão sendo filtrados e se tornando passíveis de novas interações, a medida que formam aspectos uns com os outros, gerando as energias complementares que irão influenciar na ação e manutenção da personalidade e dos acontecimentos na cronologia universal.
Vejamos abaixo os significados de cada símbolo e sua função potencial:
SOL
No glifo do Sol, o círculo do espírito e vitalidade contém um ponto no centro, que simboliza a posição centralizadora do Sol em relação ao resto dos nossos planetas. O Sol é em muitos aspectos a fonte de vida, a fonte primária de energia do nosso sistema planetário pessoal, o "Astro-Rei" nos dá a energia vital e poder criativo. Somos como um mini-sol em nossa co-relação astrológica e se formos inseguros, por exemplo, isso pode se manifestar como arrogância, falta de consideração com os outros e uma veia dramática.
No entanto, se equilibrarmos todas as energias do arquétipo solar, avançaremos para o autocontrole, coragem e consideração. O Sol nos guia para o nosso propósito principal na vida através da integração de todos os níveis de consciência. Para exercitar este senso de Ego de uma maneira ideal, devemos também nos importar com as outras pessoas antes de efetivamente nos afirmarmos de forma equilibrada, alcançando assim a autoconfiança e a verdadeira coragem.
LUA
A Lua é uma extensão da Terra. Como seu satélite, nos sintoniza com as impressões do aqui e agora. Muitas vezes ela traz referências do nosso passado pessoal e do passado coletivo, nos tentando a permanecer lá. No símbolo astrológico da Lua, as linhas crescentes são dobradas, indicando o alto nível de receptividade, reatividade, perceptividade e sensibilidade envolvidos.
Enquanto a Lua física orbita a Terra, entre Vênus e Marte, ela geralmente vem imediatamente após o Sol nos esquemas astrológicos, uma vez que reflete a luz solar para o nosso planeta durante a noite. Os raios do Sol descem em suaves reflexos, enviados para nós pela Lua enquanto descansamos, restaurando nossas energias para as atividades do dia seguinte. Pelo alto grau de receptividade envolvido, o astro simboliza nossos sonhos, intuição e subconsciente.
MERCÚRIO
No glifo de Mercúrio (também conhecido como Hermes, o mensageiro dos deuses) o Crescente acima simboliza a receptividade às percepções do superconsciente. Mercúrio é responsável pelas funções elementares do intelecto. O planeta torna possível comunicar nossas ideias, unindo o superconsciente, o consciente e o inconsciente à medida que nos relacionamos uns com os outros.
Se o círculo abaixo do crescente estiver sob tensão, podemos nos tornar intelectualmente arrogantes. Se o crescente for muito acentuado, podemos nos tornar muito idealistas. Já se a Cruz (que fica abaixo do Círculo) tiver muito foco e destaque, pode indicar que uma maneira de se comunicar mais fria, calculista ou manipuladora, motivada pelo materialismo e impulsionada a partir do subconsciente.
A consciência das leis universais de causa e efeito e a administração de energias mais harmônicas potencializam positivamente Mercúrio, fazendo assim com que nos comuniquemos de maneira precisa para transmitir nossas ideias.
VÊNUS
Em comparação com Mercúrio, Vênus está mais distante do nosso Sol e mais próximo da Terra. Vênus tenta abarcar ideais do superconsciente coletivo junto com as realidades atuais e conscientes, fundamentando tudo no material e nos sentimentos e impulsos subconscientes coletivos. Assim, está sempre preocupado em encontrar conforto, beleza e em harmonizar as realidades terrenas e materiais através de ideais e valores compartilhados, por isso a cruz da matéria de posiciona abaixo de tudo. É o símbolo do feminino.
A semelhança do glifo de Vênus com um espelho de mão é interessante, já que Vênus determina como nos refletimos nos outros e os outros em nós mesmos. Determina também como ponderamos nossas semelhanças e interesses em comum através dos valores que compartilhamos. Astronomicamente, Vênus pode ser considerado irmão da Terra. Ambos possuem densidade, diâmetro e composição química similares. Dessa forma, Vênus também pode manifestar-se como nosso complemento - ou parceiro simbólico. Não é à toa que a versão do Glifo da Terra é composta da Cruz sobre o Círculo, uma espécie de Vênus invertido.
O símbolo de Vênus enfatiza a importância de equilibrar o espiritual e o material se quisermos encontrar a real e mais genuína satisfação.
MARTE
No glifo de Marte, o círculo do espírito está dirigido para objetivos específicos, simbolizados pela seta. Este é o primeiro planeta da força de vontade individual, muitas vezes focada nos instintos, nas tarefas básicas de sobrevivência diária e nos impulsos primários envolvidos na perpetuação da vida humana. A seta também simboliza a atividade dinâmica. Com uma seta acentuada, podemos ser impulsivos ou dissipar energia em exibições quase inconscientes de paixão desenfreada ou raiva. Com o círculo muito acentuado, podemos parecer egoístas e arrogantes. É o símbolo do masculino.
Com os símbolos do glifo de Marte em equilíbrio, temos confiança e autodisciplina para alcançarmos nossos objetivos de forma eficaz. Enviamos nossa vitalidade para o mundo e em troca conseguimos o que queremos de uma forma pragmática, sem desgastes ou conflitos de interesse.
JÚPITER
No glifo de Júpiter, um Crescente receptivo às percepções do lado esquerdo do cérebro está ligado à Cruz da matéria, que também simboliza realidades materiais e objetivas. Júpiter nos dá a capacidade de perceber o potencial das circunstâncias e muitas vezes nos leva à exploração física ou mental, a fim de ampliar nossa experiência e gerando uma maior sustentação para vivermos nossas vidas no plano material.
No símbolo de Júpiter, se o Crescente prevalece sobre a Cruz, podemos ficar fascinados pela aventura, perder de vista o propósito de nossos empreendimentos e nos tornarmos pouco práticos, inquietos e exagerados. Se a Cruz supera o Crescente, podemos nos tornar superficiais e materialistas. Passamos a não compreender o impacto que a nossa expansividade ou materialismo exacerbado pode causar na vida dos outros.
Quando a Cruz e o Crescente de Júpiter estão em equilíbrio, canalizamos nossas explorações, nossa fé, julgamento e estado de graça para o uso prático sem permitir qualquer coisa ofusque nossa consideração pelos outros.
SATURNO
Aqui a Cruz da matéria substitui e domina as percepções do inconsciente coletivo. A compreensão de nossa herança e experiências passadas traz a maturidade e uma compreensão real de causa e efeito.
No símbolo de Saturno, se a Cruz supera o Crescente, corremos o risco de nos tornarmos muito materialistas, frios e insensíveis às necessidades dos outros. Se o Crescente descendente supera a Cruz, ficamos presos no passado, temerosos do futuro, ignorantes de ideais ou dependentes do coletivo.
Quando o Crescente e a Cruz estão em equilíbrio, nos tornarmos altamente pragmáticos, responsáveis e conscientes, com base na nossa compreensão do passado e das leis de causa e efeito. Aprendemos a viver em sociedade com responsabilidade e paciência.
URANO
No glifo de Urano, a Cruz da matéria está aberta tanto para as percepções dos lados direito e esquerdo do cérebro. Ela está enraizada no espírito do inconsciente coletivo. O complexo símbolo de Urano indica como percebemos as coisas de maneira rápida e intuitiva. São estímulos multidimensionais que parecem "flashs", nos proporcionando uma compreensão fora das percepções convencionais, como verdadeiros "insights".
Não é diferente de uma antena de rádio ou televisão que capta sinais de longe, e tais "sinais" nos estimulam com novas ideias. Um outro símbolo de Urano, que tem a seta sobre um círculo solar, simboliza uma outra perspectiva sobre Urano: são o espírito e vitalidade dirigidos com entusiasmo para cima, em direção a ideais, de forma espontânea. É considerado também a espada divina, que tudo corta e tudo transpassa sem que tenhamos controle.
Neste outro símbolo de Urano que possui a seta, as energias são dirigidas para cima, em direção reta, ao contrário de Marte cuja seta está em diagonal. Tais energias vão direto para os ideais superconscientes. Enquanto isso, os crescentes virados lateralmente incidem sobre as percepções conscientes no presente, relacionando-as justamente com os ideais superconscientes.
Se não for controlada, a eletricidade de Urano pode desencadear energias destrutivas ou explosivas. No entanto, se fundamentada em considerações práticas e experiência, Urano incentiva invenções e inovações práticas que injetam nova vida a estruturas e conceitos desgastados, direcionando nossas energias em direção ao futuro.
NETUNO
No glifo de Netuno o Crescente é ascendente, e pela primeira vez desde Mercúrio, volta nossa atenção para o superconsciente, trabalhando para vinculá-lo com as realidades materiais, sobre a Cruz. Com Netuno, tentamos trazer o idealismo dos mitos, das fantasias e dos heróis superconscientes para a realidade. Muitas vezes temos sucesso, mas para isso temos que ter total compreensão das nossas limitações e da realidade que nos cerca. Dessa forma, nossas ideias podem de fato se concretizar e não apenas servirem de base para ilusões ou escapismo conveniente, mas sim agindo como propulsoras de algo a mais, algo condizente com nossos ideais.
Quando o Crescente supera a Cruz, ficamos perdidos no idealismo impraticável, deixando de enxergar o que é realisticamente possível dadas as circunstâncias. Se a Cruz supera o Crescente, tentamos negar o desapontamento que sentimos quando não conseguimos manifestar nossas ideias. Passamos a ser escapistas, sonhamos acordados e alimentamos fantasias.
Quando a Cruz e o Crescente estão em equilíbrio, Netuno nos dá a capacidade de transformar nossos sonhos em realidade. Entretanto, isso requer paciência, compromisso inabalável e disposição para fazer sacrifícios. Impressões e inspiração são postos em ação para inovar, criando formas artísticas ou invenções (especialmente quando Netuno é ajudado por outras energias planetárias).
Outro símbolo de Netuno que é usado na Europa mostra o círculo no lugar da cruz, enfatizando o aspecto mais dinâmico de Netuno e sua associação com o processo de visualização e criação de imagens. Outras representações do glifo de Netuno ainda mostram uma pequena flecha no topo da barra vertical central, ou todas as três linhas ascendentes, enfatizando o direcionamento da energia para os ideais.
PLUTÃO
O glifo de Plutão se parece um pouco o de Netuno. Porém, com o Círculo do espírito dentro do Crescente ascendente, Plutão indica receptividade a outros mundos e outras realidades. Descobertas astronômicas implicam que Plutão poderia ser um visitante que está temporariamente em órbita ao redor do nosso Sol, construindo uma ponte para outros sistemas e realidades solares. Na astrologia, Plutão é aquele que nos dá o poder de mudar a nossa vida de forma profunda.
Se a Cruz supera o Crescente, corremos o risco de perder de vista o propósito dessas energias transformadoras, nos tornando pessoas egoístas e obcecadas pelo poder. Se o Crescente ascendente e o Círculo superam a Cruz, corremos o risco de nos desconectarmos da realidade e ter surtos de estresse (ou episódios psicóticos). Plutão também nos introduz aos Transnetunianos gasosos, que foram considerados por muito tempo como "irreais" e de certa forma simbolizam um novo nível de realidade.
O antigo símbolo de Plutão contém as duas primeiras letras de Plutão que, coincidentemente, são as iniciais do astrônomo Percival Lowell, creditado por sua descoberta. Um terceiro glifo de Plutão, usado amplamente no norte da Europa, traz um Crescente ascendente duplo, direcionado para o Círculo do espírito, enfatizando a receptividade a energias estelares vitais e transformadoras. Tais energias são filtradas através do superconsciente e da percepção que Plutão oferece.
Há ainda um quarto símbolo de Plutão que começa com a vitalidade subconsciente primordial coroada pela Cruz da matéria no nível consciente, com dois Crescentes acima apontados para baixo. Este glifo simboliza o domínio das energias vitais primitivas através da compreensão e de esforços práticos conscientes, aliados a receptividade do superconsciente.
Os Crescentes talvez indiquem a necessidade de um equilíbrio entre as percepções intuitivas do lado direito do cérebro e as percepções racionais do seu lado esquerdo, a fim de maximizar o potencial dessa energia planetária transformadora. O que é notável sobre as variações nestes glifos de Plutão é que todas elas se correlacionam com as várias perspectivas interpretativas do planeta, descritas em literatura disponível em várias línguas e diferentes culturas.